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Mostrando postagens de dezembro, 2013

A teoria do Capitalismo de Estado no movimento trotskista

Eu tava falando com o Pablo sobre esse assunto. Ele realmente não é muito conhecido. Mas, na verdade, o debate sobre qual tipo de sociedade existia na URSS produziu várias explicações diferentes e, mesmo que o Trotsky, e a maioria do movimento trotskista tenha defendido que a URSS era um Estado Operário Degenerado, sempre existiram correntes que defenderam duas outras posições. Coletivismo burocrático A primeira, que foi responsável pelo primeiro racha da Quarta Internacional, é a de que existia uma formação social completamente nova, nem capitalista nem socialista, que foi chamada de coletivismo burocrático. Segundo essa posição, se tratava de uma nova sociedade de classes, em que a burocracia era uma classe dominante que explorava coletivamente os trabalhadores através da propriedade estatal. Existem duas variantes dessa teoria, a que diz que o coletivismo burocrático é tão opressivo quanto o capitalismo, e a que diz que, pela ausência das liberdades democráticas, o coletivi

O Acampamento das Mulheres pela Paz de Greenham Common

Abraço da Base Eu queria falar brevemente de um processo de lutas que foi completamente apagado da história oficial. Durou dezenove anos, e um dos seus picos foi a maior ação de massas só de mulheres que já houve no Reino Unido, além de ter sido provavelmente uma das ações de massas mais radicalizadas que o feminismo e o movimento antiguerra fizeram em todos os tempos. Mais ainda (e esse é o motivo do Acampamento ter sido apagado), foi uma ação planejada e dirigida por feministas radicais. Eu fiquei sabendo sobre o acampamento lendo esse texto da Terry Conway , socialista feminista inglesa. Existe esse site aqui , mas a maior fonte mesmo foi o artigo da Wikipédia, que faz uma cobertura meio jornalística do processo. Pra resumir a história, em setembro de 1981, a base da RAF (Real Força Aérea britânica) de Greeham Common (na cidade de Berkshire, Inglaterra) passou a abrigar silos para 96 mísseis nucleares americanos. Um grupo galês chamado Mulheres pela Vida na Terra acampou